Ao abordar a palavra hiperatividade, logo se remete ao TDAH – o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, afinal é um de seus componentes (sintomas). Entretanto, a hiperatividade pode ser conceituada como um estado excessivo de energia, tanto motora como mental.

Hiperatividade

CID

E ela está presente no Código Internacional de Doenças (CID): CID 10 R46.3. Crônica, ela pode e deve ser diagnosticada para que o tratamento seja efetivo.

É uma doença?

Através do CID, é possível afirmar que a Medicina vê a hiperatividade como doença.

Tipos

Hiperatividade mental

Caracteriza a extrema agitação mental, com a impossibilidade de se focar em uma coisa só, falta de concentração, ansiedade e inquietude interna.

Hiperatividade psicomotora

Caracteriza o fato de a pessoa estar sempre se mexendo (os pés e as mãos) e tamborilando dedos, dificuldade de ficar sentado, estar sempre inquieto e falar de maneira excessiva.

Hiperatividade detrusora

A hiperatividade detrusora é uma condição que consiste no aumento da frequência urinária, além de inúmeras idas ao banheiro durante a noite, com dor pélvica no baixo ventre, piora dos sintomas na época de inverno e com o consumo de cafeína.

Para diagnóstico, é feito um exame urodinâmico.

Hiperatividade neurovegetativa

A hiperatividade neurovegetativa é o tipo de hiperatividade que se caracteriza por:

Hiperatividade infantil

A hiperatividade infantil é a condição em que a criança é mais agitada do que outras de sua mesma idade. A dificuldade de concentração, de terminar suas atividades ou de realizar suas tarefas domésticas e escolares são detalhes para determinar o problema.

Geralmente, a criança não consegue controlar seus impulsos e faz com que sua vontade seja exteriorizada pelo movimento. Dessa forma, a hiperatividade infantil vem acompanhada de impulsividade e agitação.

Causas

A hiperatividade nem sempre pode estar associada com déficit de atenção (TDAH). Existem outras causas possíveis a esse problema e a falta de um bom diagnóstico pode levar a tratamentos inadequados e atrapalhar ainda mais a saúde do portador de hiperatividade.

Saiba o que mais pode causar hiperatividade:

  1. Abuso de substâncias (álcool e tabaco, por exemplo) durante o período gestacional,
  2. Abuso e maus tratos,
  3. Alterações hormonais,
  4. Alterações metabólicas,
  5. Complicações no parto,
  6. Deficiência intelectual,
  7. Doenças genéticas e outras, como pós-encefalites virais,
  8. Doenças invasivas do desenvolvimento neurológico, como o autismo,
  9. Intoxicação por chumbo,
  10. Parto prematuro e baixo peso do bebê,
  11. Problemas familiares (ambiente desorganizado e desestruturado),
  12. Transtornos de aprendizagem.

Toda e qualquer causa deve ser bem investigada.

Sintomas

Por curiosidade, a hiperatividade já o sintoma em si e se torna tão inespecífica que não ajuda o médico a definir um diagnóstico, mas ela pode vir acompanhada de atrasos no desenvolvimento da fala e na falta de habilidade (dispraxia).

A hiperatividade pode surgir em várias situações do dia a dia das pessoas (tanto crianças e adolescentes como adultos) e não causar qualquer problema.

Porém, não é raro ver a hiperatividade em um complicado grau de comprometimento, principalmente em crianças menores. Nesses casos, é importante uma avaliação apropriada da hiperatividade e o modo como ela opera, assim como o que ela pode causar de prejuízos, sofrimentos e comprometimentos ao comportamento, à família e à qualidade de vida.

Tratamentos

O tratamento para hiperatividade deve prezar pela identificação, primeiro, da causa. Assim, fica mais fácil de tratar o problema e melhorar verdadeiramente o portador de hiperatividade.

A primeira opção para começar a tratar essa condição é por meio da intervenção farmacológica, porém é sabido que a combinação com terapia comportamental pode ser o melhor caminho.

Isso porque a parte psicológica irá resolver os problemas das relações interpessoais, enquanto que a parte medicamentosa ficará com a responsabilidade dos sintomas (melhorar a concentração, diminuir a agitação, etc.).

Para crianças, mudanças na rotina e na organização são atitudes simples e que resolvem boa parte do problema. Crianças e adolescentes já possuem um excesso de energia naturalmente – com a hiperatividade isso piora: para tanto, é interessante que o âmbito psicológico do tratamento veja uma maneira de reeducar essa energia excessiva.

Para os pais, é importante que se tenha paciência e que compreendam a situação e como o tratamento é fundamental para os filhos.

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