Durante o dia, nosso corpo realiza atividades em que se torna normal a perda de até 600 ml de água através da transpiração, urina e fezes.
Porém, na mesma proporção, ou até mais dependendo de cada pessoa, devemos repor essa quantidade de água perdida através da ingestão de líquidos ou comidas com alto teor de água; caso contrário, pode acontecer de estarmos expelindo mais água do que consumindo, e isso leva à desidratação.
Saiba mais a seguir sobre todas consequências de ficarmos desidratados e como podemos prevenir e tratar essa condição.
O que é desidratação?
Mais comum em crianças e idosos, a desidratação é uma condição de alerta do corpo sobre estar faltando água, líquidos corporais e alguns sais minerais no nosso organismo.
Essa queda de líquidos pode prejudicar diretamente no funcionamento de vários sistemas do corpo, comprometendo a saúde de forma séria se não for tratado de forma rápida.
E mais do que beber bastante nos tratamentos para desidratação, é preciso criar novos hábitos para não acontecer novamente.
Causas da desidratação
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Transpiração em excesso
Certas situações motivam o corpo a transpirar tanto que, se a reposição de líquidos não for feita o mais rápido possível, leva o corpo à desidratação.
Exercícios físicos em excesso causam isso com frequência em adultos, como também ficar em locais abafados ou com calor excessivo, ou ter febre em algum momento de doença na vida.
Todos esses casos citados aumentam a temperatura natural do corpo e podem exagerar na produção de suor na tentativa de reequilibrar sua temperatura normal.
E a reposição desses líquidos perdidos deve ser durante a transpiração excessiva, não somente depois que o corpo indicar os primeiros sintomas de desidratação. É melhor prevenir do que remediar, concorda?
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Náuseas, vômitos e diarreias
Não somente a febre, quando temos outros sintomas relacionados a doenças que afetam o sistema digestivo e intestinal da pessoa, as chances de ela desenvolver desidratação são maiores.
Vomitar e ter diarreias faz com que o corpo perca muito líquido, assim como quem sente náuseas e mal-estar tem dificuldade para ter apetite e beber água como faz normalmente. Sendo assim, deve-se ficar em alerta em casos de doença, desde uma simples gripe a uma infecção, pois alguns hábitos podem mudar e desidratação vir à tona.
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Queimaduras e feridas na pele
Quando o corpo sofre uma lesão muito grave como queimaduras ou infecções na pele, ele produz fluidos em excesso na tentativa de cicatrizar e estabilizar a temperatura local da lesão.
Sendo assim, é possível que ocorra a desidratação em casos graves desses acontecimentos; e deve-se ficar em alerta também para a reposição desses líquidos perdidos acontecer.
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Sintoma da diabetes
A desidratação também pode ser um sintoma de quem tem diabetes ou até quem está manifestando no início, sem diagnóstico estabelecido.
Quando os níveis de açúcar estão altos na corrente sanguínea, o corpo tende a produzir mais urina para equilibrar esses níveis e expelir o que tiver em excesso; sendo assim, a pessoa tende a urinar muito mais, levando à desidratação caso não beba água em quantidade proporcional ou superior.
Muitas pessoas diagnosticam sua diabetes relatando a desidratação como primeiro sintoma no consultório médico. Fique atento!
Consequências da desidratação
Sede: Quando o corpo sente falta de água comunica nosso cérebro para nos fazer sentir sede. E na desidratação, essa mensagem chega frequentemente às nossas papilas. É aquela sede que você bebe muita água e ainda continua com sede, sabe?
Cansaço e sono: Na falta de água, nosso corpo trabalha de forma bem mais lenta e isso nos deixa cansados, preguiçosos e sem ânimo. Também perde-se a vontade e pique em exercícios físicos.
Por essa razão que profissionais nos orientam a beber bastante líquidos entre os exercícios, para manter a resistência normal. Falta de concentração e confusão mental são estágios graves dessa falta de água.
Pele e mucosas secas: Nossa pele e mucosas necessita de água para manterem-se hidratadas, com elasticidade e viscosidade corretas. Nos casos de desidratação, a pele já fica opaca e sem vida, nariz e boca ressecam, garganta fica seca e até os olhos podem ressecar.
Infecções urinárias: Quando há pouca quantidade de água no corpo, os rins fazem o máximo para reter mais líquidos para manter as funções regulando normalmente.
Essa retenção de urina e produção mínima de urina super concentrada com substâncias que necessitam ser expelidas, produzindo uma urina escura e de forte odor, são fortes sinais de que uma infecção urinária está por vir, além de que o funcionamento saudável dos rins corre risco.
Dores de cabeça: Esse é um dos primeiros sintomas que as pessoas sentem quando estão desidratadas, sendo assim é fácil de ser resolvido no princípio com a reposição correta de água no corpo.
Caso não tratado rapidamente, pode evoluir para dores de cabeças mais fortes, levando à falta de concentração.
Cãibras: Perder muita água faz com que percamos também muitos eletrólitos, que são compostos essenciais para músculos fortes e saudáveis. Sendo assim, quando estamos desidratados problemas musculares podem ficar mais frequentes, como as cãibras, por exemplo. (Veja como evitar cãibras.)
Batimentos acelerados e pressão baixa: Na desidratação, o volume de sangue na corrente sanguínea fica menor e isso reduz a pressão arterial. Também um tipo de sintoma inicial, podendo ser rapidamente resolvido.
Essa queda de pressão faz com que o coração tenha batimentos mais acelerados tentando bombear mais rapidamente o sangue, e essa arritmia pode ser considerada um sintoma mais grave de casos severos de desidratação.
Tipos de desidratação
- Desidratação isotônica: Acontece quando a perda de água é proporcional à perda de sódio. Mais comum em crianças e também consequente de vômitos e diarreias.
- Desidratação hipertônica: Acontece quando a perda de água é maior do que a perda de sódio. Mais comum em pessoas com diabetes e quem tem febres prolongadas.
- Desidratação hipotônica: Acontece quando a perda de sódio é maior do que a perda de água. Mais comum em idosos e relacionadas a problemas nos rins, intestino, nutrição e uso prolongado de medicamentos diuréticos.
Melhores tratamentos para desidratação
A melhor forma de tratar a desidratação é prevenindo, é claro. Aquela conversa de 2 litros de água por dia, no mínimo, não é brincadeira, é realmente necessário para reequilibrar nossas perdas durante o dia!
Sendo assim, capriche no consumo de água, sucos, frutas, soros caseiros e bebidas com eletrólitos.
A seguir, algumas opções de tratamentos mais direcionados para cada caso, objetivando repor água e sais minerais:
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Desidratação em idosos
Com o avanço da idade, a pessoa pode simplesmente se esquecer de beber água corretamente ou nem tem apetite para água normalmente.
Sendo assim, se você convive com um idoso, incentive-o a beber água ao longo do dia, sempre em poucas quantidades, nunca copos cheios, isso não é nada convincente. Aposte também em frutas, gelatina e picolés para agradá-lo!
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Desidratação em bebês
Quando a desidratação acontece nos primeiros 6 meses de vida, significa que o consumo de leite materno está insuficiente, pois só ele tem os sais minerais e líquidos necessários que o bebê precisa para se manter saudável.
Caso o bebê esteja negando o peito da mãe, conversar com enfermeiras e médicos sobre opções de extrair esse leite e dar em outras alternativas, como seringa ou mamadeira.
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Desidratação em crianças
Crianças normalmente têm mais água no corpo do que os adultos, então fazer reposição com soluções hipotônicas pode ser muito perigoso, pois os minerais no organismo delas podem ser diluídos ainda mais.
Sendo assim, opte por uma hidratação feita a partir de frutas e sucos de polpas. Seja qual for a idade da pessoa, em casos mais graves de desidratação, a hospitalização poderá ser necessária através de soro intravenoso.
Veja dicas de como se lembrar de beber água e água com limão.
O médico pode dar alternativas também de beber soluções para cada tipo de desidratação, geralmente vendidas em farmácias. Mas se liga porque o soro caseiro é uma boa opção e fácil também de fazer:
Receita de soro caseiro:
Ingredientes:
- 1 litro de água filtrada;
- 1 colher de chá rasa de sal;
- 1 colher de sopa rasa de açúcar.
Como fazer:
Misturar bem e beber ao longo do dia em pequenos goles. É uma solução que possui validade de 24 horas depois de pronto. Quando pensar em matar a sede, beba esse soro!