É bem provável que você já tenha ouvido falar da Ritalina ou mesmo já percebeu sua presença nas mídias (televisão, rádio, internet ou jornal), em especial por seu uso entre celebridades científicas e políticas. Mas também, a Ritalina ganhou notoriedade por seus efeitos positivos e negativos entre crianças em ambiente escolar.
O que é Ritalina:
Ritalina é o nome de medicamento à base de cloridrato de metilfenidato, caracterizando-o como um estimulante do sistema nervoso central.
Na realidade, a Ritalina é basicamente um tipo de anfetamina, ou seja, é uma droga.
Para que serve:
A Ritalina, como dito, é um estimulante do sistema nervoso central, sendo que seus efeitos mais evidentes estão relacionados às atividades mentais se comparadas às ações motoras. Acredita-se que o efeito estimulante tenha como mecanismo de ação o fato de inibir a recaptação de dopamina no estriado.
Por isso, a Ritalina se transforma em uma medicação que pode deixar o seu organismo em alerta.
Para que é indicada:
A Ritalina é indicada para aumentar a concentração e o foco, influenciando positivamente na inteligência – é uma forma de se manter “ligado” no dia a dia para realizar/concluir o que é necessário.
Além disso, a Ritalina também é utilizada para casos de:
- Tratamento de narcolepsia,
- Tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH).
Muitas vezes, a Ritalina serve para combater a depressão em pessoas idosas.
Para quem é indicado:
Dessa maneira, a Ritalina é prescrita para pessoas que:
- Sofrem com o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) ou Transtorno Hipercinético – tanto em crianças como em adultos,
- Sofrem com narcolepsia, distúrbio do sono que provoca ataques de sonolência durante a parte do dia, mesmo se a pessoa tenha tido uma noite apropriada de sono.
Embora ainda seja bem popular por melhorar a concentração e diminuir a sonolência, a Ritalina não deve ser utilizada para somente este fim, mas sim para o que está descrito em sua bula.
E o motivo é simples: por ser um tipo de droga, a Ritalina pode causar dependência física ou psíquica!
Como funciona:
A Ritalina, composta por metilfenidato, age no cérebro de modo a facilitar a circulação da dopamina – que é um neurotransmissor que tem como responsabilidade a excitação do sistema nervoso central.
A dopamina é muito importante como estimulante no cérebro e é liberada de um neurônio para outro quando há uma estimulação elétrica para isso e, posteriormente, retorna para o neurônio que a liberou. A Ritalina funciona neste exato momento: ela impede o retorno da dopamina para que ela continue estimulando o neurônio, ocasionando o aumento da atenção, excitação e alerta.
Preço:
O preço da Ritalina é bem variável. Você pode encontrar desde R$ 19,00 a R$ 200,00, pois depende da quantidade de comprimidos e da dosagem (mg).
A Ritalina pode ser adquirida em forma de comprimidos (10 mg) ou em cápsulas (com dosagens de 10, 20, 30 ou 40 mg) – no caso das cápsulas, o nome da medicação é Ritalina LA.
Onde comprar:
A Ritalina pode ser adquirida em estabelecimentos farmacêuticos de todo o país. Porém, há um detalhe muito importante em relação a este medicamento: para ter acesso a ele, é preciso apresentar receita médica, afinal ele é faixa preta (justamente por ser uma medicação que pode causar dependência).
O prazo de validade dos comprimidos de Ritalina é estabelecido em 12 meses a partir da data de fabricação, enquanto que as cápsulas têm prazo de 15 meses.
Efeitos colaterais:
Como reações adversas, a Ritalina apresenta dois sintomas bem comuns quando no início do tratamento: o nervosismo e a insônia. Contudo, ambos efeitos podem ser administrados por meio da redução da dose ou na omissão da dose da tarde ou da noite.
Transitório também é o efeito colateral da diminuição do apetite.
Outras reações comuns do uso de Ritalina são:
- Agitação,
- Alterações da pressão arterial e do ritmo cardíaco,
- Ansiedade,
- Arritmias,
- Boca seca,
- Cefaleia (dor de cabeça),
- Distúrbio do sono,
- Dor abdominal,
- Erupção cutânea,
- Febre,
- Hiperidrose,
- Inquietação,
- Nasofaringite,
- Náusea,
- Palpitação,
- Prurido,
- Queda de cabelo,
- Sonolência,
- Taquicardia,
- Tontura,
- Tosse,
- Tremor,
- Urticária,
- Vômito.
Vale destacar que alguns dos efeitos colaterais citados, tais como a nasofaringite, inquietação, ansiedade, distúrbio do sono, agitação, tremor, tosse, dor de dente e alguns outros foram relatados através de estudos clínicos com a Ritalina LA em adultos durante o tratamento para TDAH.
Ritalina emagrece:
A própria bula da Ritalina informa que um dos efeitos colaterais do medicamento é a diminuição de apetite e a de peso. É claro que a própria perda de apetite é passageira, porém a redução de peso pode ter uma ocorrência comum, ou seja, pode não abranger todas as pessoas que fazem uso de Ritalina.
Por isso, embora a Ritalina possa oferecer uma perda de peso, ela não deve ser utilizada para esse propósito – sua formulação não foi criada para este objetivo.
Se sua ideia é perder peso, trata de iniciar um processo saudável que se baseia na perfeita combinação de uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos.
Bula da Ritalina
Você pode acessar a bula da Ritalina disponibilizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) através deste link.
Assim, você pode fazer uma leitura bem mais detalhada de como a Ritalina é utilizada e muitas informações pertinentes caso você iniciar seu uso.