Como sabemos, a nicotina é a substância química base do tabaco, consumida pelas pessoas comumente através dos cigarros. Ela contém nitrogênio e é produzida sinteticamente.

Que ela é prejudicial à saúde, você já sabe, mas você sabe como a nicotina realmente age no organismo? Os motivos de que ela faz mal? Vem saber no texto de hoje!

Nicotina

Quais os efeitos da nicotina?

No nosso cérebro, milhões e milhões de neurônios se comunicam entre si a cada segundo. E quando ingerimos nicotina, ela imita um desses neurotransmissores, a acetilcolina.

Esta que está envolvida em muitas funções, como movimentos musculares dos braços, pernas e outros, respiração, batidas do coração, aprendizado e memória, e também afeta humor, ânimo e apetite.

Quando a nicotina imita algumas de suas funções, são liberados hormônios que trazem sensação de prazer e recompensa no organismo, a dopamina. E é daí que vem toda a dificuldade de parar de fumar, pois torna-se uma ação literalmente prazerosa para o fumante.

Quanto de nicotina tem num cigarro?

Em média, podem ser encontradas de 10 a 20 miligramas de nicotina em cada cigarro. Cerca de 1 a 2 miligramas caem na nossa corrente sanguínea pelos pulmões ou pelas mucosas (gengivas quando mascam ou nariz quando cheiram).

Em menos de 15 segundos depois do primeiro bafo, a nicotina já chega no cérebro e começa a agir. Depois de em média 6 horas, a nicotina de 1 cigarro é praticamente inexistente no organismo. Essa “reposição” de nicotina que é caracterizada pelo vício.

Por que nicotina faz mal? Vicia mesmo?

A nicotina em si não é cancerígena nem nociva por conta própria, mas o que a torna um grande vilão é o fato de ser altamente viciante e causar dependência nas pessoas.

Sim, nicotina vicia, pois acontecem reações químicas no cérebro que liberam a dopamina, hormônio do prazer e gratificação. É tão viciante quanto outras drogas de efeito mais devastador, como a cocaína e heroína.

Pior ainda, o corpo se acostuma a determinadas quantidades de nicotina regularmente, então o fumante tende a fumar em maior quantidade para sentir o efeito de mais prazer, e isso cria um ciclo vicioso e perigoso.

A cada aumento da dose diária, mais difícil é abandonar o cigarro e mais chances de desenvolver terríveis doenças a pessoa tem.

E há quem pense que mastigando ou cheirando produtos com nicotina esteja absorvendo nada ou menos, mas até absorve ainda mais do que fumando…

Dentre os efeitos ruins à saúde estão efeitos colaterais que atingem o coração, pulmões, desequilibram os hormônios e ainda desgastam o sistema gastrointestinal.

E por todo o mundo, mais de 1 bilhão de pessoas correm esses riscos diariamente e de forma voluntária, pois ninguém induz ninguém a fumar. É uma questão individual.

Para que serve a nicotina como remédio?

Se uma pessoa é fumante há muito tempo e tenta cortar o cigarro de uma vez, ou ela sentirá efeitos de abstinência terríveis, que afetam muitas vezes até a sua sanidade; ou simplesmente ela não consegue largar o vício.

Para isso, médicos e clínicas de reabilitação recomendam a nicotina pura para tratamento, que serve para aliviar sintomas de abstinência, encaminhando para o abandono completo do fumo.

Geralmente, são medicamentos em forma de gomas, e a dose varia de acordo com a dependência do fumante. Cerca de 30 minutos depois de começar a mascar o produto, a nicotina é liberada e absorvida.

Não é recomendado o uso da nicotina como tratamento por mais de 12 meses seguidos, sendo necessários outros tipos de tratamento para o paciente não voltar a fumar.

Nicotina tem benefícios?

Estudos apontam que se a nicotina for ingerida na forma e dose correta, ela pode apresentar benefícios à saúde do cérebro!

Ela pode ajudar a proteger os neurônios e até prevenir de doenças como Parkinson e Alzheimer, pois é capaz de ativar receptores no cérebro que evitam a degeneração dos neurônios que essas doenças causam. Além disso, pode melhorar a qualidade do aprendizado, memória e atenção.

É dessa forma que a administração sob orientação médica em diversos tratamentos pode reduzir sintomas de abstinência, controlar ansiedade e ainda ser essencial para tratar doenças.

O problema é que, muitas pessoas lêem isso e pensam que está liberado fumar, ainda que pouquinho por dia. Não! Os médicos alertam que todos esses estudos precisam ser aperfeiçoados e sempre que for usado em casos médicos deve ser sob supervisão médica. Cuidado com o vício!

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